Talvez você nunca tenha olhado para Maria, mãe de Jesus, como uma referência em liderança inclusiva. Afinal, ela não ocupou cargos, não discursou em praças, nem escreveu tratados sobre liderança. Mas o que muitas vezes passa despercebido é que sua forma de estar no mundo, acolher o outro, ouvir, confiar e agir com coragem silenciosa, traz as bases do que hoje buscamos em líderes verdadeiramente humanas, conscientes e transformadoras.
Se você é uma mulher que deseja liderar com empatia, alma e sentido, essa leitura fará uma diferença na sua carreira. Maria pode inspirar a sua caminhada, com exemplos de uma liderança inclusiva, em que todos terão a chance de se desenvolverem e crescerem profissionalmente.
Escuta e Intuição
Maria foi uma mulher que escutou. Ela não ouviu somente as palavras; ela acolheu significados e sentidos mais profundos. Na cena em que o anjo Gabriel anuncia que ela ficará grávida do filho de Deus, sua resposta mostra reflexão. Ela pensa, pergunta e escolhe.
A liderança, não raras vezes, está ligada a falar alto e agir rápido, o exemplo de Maria nos lembra que escutar com profundidade é um dos princípios de uma líder inclusiva. A escuta ativa abre espaço para diferentes vozes, gera conexão real e antecipa soluções mais humanizadas.
Reflexão: Em sua rotina de liderança, você está escutando para responder ou para compreender de forma assertiva?
Inclusão Começa com o Acolhimento do Outro
Quando Maria diz “faça-se em mim segundo a tua palavra”, ela aceita um plano divino; acolhe o mistério, o diferente, o que foge ao controle.
Na liderança inclusiva, esse acolhimento se traduz em criar espaços em que a diversidade é aceita e celebrada e a vulnerabilidade não seja fraqueza, mas ponto de encontro, em que a liderança seja sobre fazer com e não sobre impor a. Onde tanto a opinião de uma funcionária introspectiva quanto da extrovertida é valorizada. Maria nos inspira a ver valor em cada presença, mesmo que silenciosa.
Influenciar Sem Imposição: A Força da Presença Discreta
Maria nunca buscou protagonismo. Mas estava lá nos momentos mais importantes: quando ninguém acreditava, quando doía, quando era mais difícil. Sua influência veio da coerência, da presença constante e da sabedoria que traz o silêncio.
Liderança inclusiva não é gritar para ser ouvida. É viver o que se acredita, com constância, mesmo sem aplausos. É criar um espaço onde o outro se sinta visto e respeitado.
Pergunte-se: “Estou sendo uma liderança que inspira ou que apenas exige?”
A Dor Como Parte do Caminho: Resiliência com Amor
Maria viveu perdas profundas. Fugiu, se calou diante da cruz, chorou sozinha. Mas permaneceu de pé. A dor não a quebrou. A dor a aprofundou.
Na liderança feminina, ainda enfrenta-se preconceitos, cobranças desiguais e solidão, diante disso, por vezes, surge o questionamento: como continuar? A resposta está na resiliência com amor que é a capacidade de prosseguir acreditando no que importa, mesmo quando tudo parece ruir. Maria nos mostra que às vezes liderar é como gestar algo que o mundo não entende. E mesmo assim, seguir.
Liderar é Servir: A Humildade Como Caminho
Em vez de esperar ajuda, Maria vai ao encontro de sua prima Isabel para apoiá-la. Ela sabia que servir não diminui, engrandece.
Liderança inclusiva é sobre estar a serviço de algo maior que o próprio ego. É colocar-se como ponte, não como muralha. E isso pede humildade, algo raro, mas profundamente transformador.
Dica: Liste hoje 3 formas de apoiar alguém da sua equipe ou comunidade sem esperar nada em troca.
Coragem e Clareza de Propósito
Aceitar a missão de ser mãe de Jesus foi um ato de coragem em uma sociedade que poderia condená-la, Maria não tinha garantias, mas um grande poder de percepção.
Na liderança inclusiva, você também precisará fazer escolhas corajosas em nome de algo maior, defender quem está vulnerável, criar espaços para minorias e ser a primeira a mudar quando ninguém quer.
Reflexão: Qual é o propósito que guia as suas escolhas como líder?
Silêncio que Gera Sabedoria
“E Maria guardava tudo em seu coração.” Essa frase resume uma postura profunda: observar, sentir, processar e transformar em sabedoria. No mundo da superexposição, é substancial saber calar para compreender.
Uma liderança inclusiva precisa dessa pausa, para não reagir no impulso, discernir e crescer.
Exercício: Separe 5 minutos do seu dia para refletir em silêncio sobre uma decisão. Anote o que sente. Escute-se.
O Legado de Maria para as Líderes atuais
Maria convida a uma nova visão de poder: uma liderança inclusiva, intuitiva, amorosa e firme, que não precisa dominar para transformar.
Ela prova que é possível liderar com empatia, agir com coragem e estabelecer ambientes de trabalho nos quais cada pessoa é reconhecida em sua dignidade.
Se você deseja ser uma liderança que transforma o mundo com profundidade, o exemplo de Maria é uma luz na sua trajetória.
E para aprofundar um pouco mais o tema liderança inclusiva, veja o que te motiva a liderar com o coração.
Liderança Inclusiva: Quando a Paixão Sustenta a Perseverança
Ser uma líder inclusiva é um compromisso contínuo com o outro. E nesse processo, há dois pilares que são importantes: paixão e perseverança. Uma alimenta a alma, a outra sustenta a jornada.
A liderança inclusiva não é um roteiro pronto, é uma atividade de escuta, empatia e presença. É lidar com as sutilezas da exclusão velada, das pequenas agressões normalizadas e das estruturas ainda muito desiguais, tudo isso sem perder a fé no ser humano e no potencial de transformação.
Mas o que apoia essa escolha? O que faz uma mulher seguir acreditando em um modelo mais humano de liderança, mesmo quando isso significa nadar contra a corrente? É aí que entram a paixão e a perseverança, combustíveis que mantêm a chama acesa quando tudo parece frio.

Paixão: É o que te move a incluir?
A paixão é aquela vibração que nos impulsiona a criar, cuidar, construir. Na liderança inclusiva, a paixão se manifesta quando se observa o bem-estar da equipe e as pessoas evoluindo, também no desejo de que cada um se sinta seguro para ser quem é.
Quando você lidera com paixão, você se interessa pelas histórias individuais dos colaboradores, sonhos e dores que trazem. Você entende que uma funcionária que cala demais talvez precise de acolhimento e não de cobrança e que um colaborador que se retrai pode estar tentando sobreviver em um ambiente onde nunca se sentiu parte.
A paixão é o que nos lembra por que começamos e escolhemos fazer diferente. É o que nos devolve a sensibilidade quando a rotina endurece. E também é o que inspira outras pessoas a se abrirem, a confiarem, a crescerem com você.
Perseverança: A coragem de continuar
Se a paixão nos coloca em movimento, é a perseverança que nos mantém em pé, porque, sejamos honestas, ser uma liderança inclusiva não é fácil.
Vai ter dias em que você questionará se vale a pena. Vai ouvir críticas, enfrentará resistências, verá outras lideranças seguindo caminhos mais rápidos. A perseverança é a arte de não desistir de ser justa quando ser conveniente seria mais simples. É levantar mesmo depois de errar. É aprender com o desconforto, e não se fechar diante dele. É escolher, todos os dias, liderar com valores e não com vaidade.
Maria, já nos ensinava que o silêncio pode ser uma fortaleza e a dor, se acolhida, pode gerar vida nova.
Como aplicar: da inspiração à ação
Trazer paixão e perseverança para a sua liderança inclusiva não é sobre romantizar o desafio. É sobre ancorar-se em atitudes que originam espaços de trabalho mais humanos, diversos e respeitosos. Veja como aplicar:
1. Crie rituais de escuta real
Inicie reuniões com um momento de check-in emocional. Pergunte como as pessoas estão, além das tarefas. Demonstre que a escuta faz parte da cultura.
2. Assuma o compromisso de educar e se educar
Leia sobre vieses inconscientes, faça formações sobre diversidade, ofereça espaços de aprendizado coletivo sobre inclusão. Não espere que só as minorias façam esse trabalho.
3. Torne a diversidade uma decisão
Na hora de contratar, promover ou compor grupos de trabalho, questione: estou ouvindo vozes diferentes? Estou olhando para além do “perfil ideal”? Liderar com paixão é abrir mão do automático e buscar justiça com intencionalidade.
4. Tenha coragem de sustentar desconfortos
Perseverança também é sustentar conversas difíceis, dar respostas com respeito, mas sem omissão. É revisar atitudes que você normalizou. Não há transformação sem confronto com o mundo e conosco.
5. Celebre os pequenos avanços
A paixão se alimenta da esperança. Reconheça cada passo e valorize mudanças de postura. Comemore quando alguém se sente seguro para falar, isso reforça o valor da inclusão e sustenta a perseverança coletiva.
Um lembrete para o coração
Você não precisa ser perfeita para ser uma líder inclusiva. Não é sobre saber tudo ou acertar sempre. É sobre estar disposta a aprender, a rever, a recomeçar.
A paixão vai te lembrar por que esse caminho importa. A perseverança vai garantir que você não desista na primeira curva difícil. E o mais bonito? Quando você lidera com esses dois elementos, você convida outras mulheres a fazerem o mesmo e aí nasce um ciclo de transformação silencioso, todavia profundo.
Maria, em sua simplicidade e coragem, nos mostrou que é possível gerar o novo em meio ao caos. E você, com sua escuta, sua presença e sua constância, também pode.
Ao terminar de ler o texto, pare um minuto. Respire. Sinta. E se pergunte com carinho: Onde estou sendo uma liderança apaixonada, mas talvez esteja perdendo a perseverança? Onde estou persistindo, mas talvez tenha esquecido da paixão?
Reencontre o ponto de encontro entre as duas e siga com propósito, presença e coragem de incluir, mesmo quando for difícil.
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Olá! Eu sou Rita Xistto, especialista em Constelação Sistêmica Integrada, redatora-chefe do portalshes.com e apaixonada pelas áreas de Desenvolvimento pessoal, Educação Emocional e Liderança. Acredito que converter ideias em conteúdos que inspiram o autoconhecimento e o crescimento pessoal, especialmente para mulheres líderes, fortalecem vínculos, promovem equilíbrio, geram conexões genuínas e resultados fantásticos para as empresas.
Viva a vida, Mulher, colhendo os frutos de sua essência poderosa e transformadora!
Que artigo lindo, parabéns
Obrigada!
Que perspectiva linda e inspiradora! Ver Maria como um exemplo de liderança inclusiva traz uma conexão profunda entre história, valores e o que buscamos no mundo de hoje. Um convite poderoso para liderar com coração e propósito.
Muito lindo, né? Maria nos inspira muito..
Que artigo maravilhoso, eu amei sua abordagem! Maria foi uma mulher muito forte, ao mesmo tempo sábia e cheia de doçura.